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Foto do escritorThais Mantoani

ALERTA PARA FEBRE MACULOSA NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Estado de São Paulo registrou oito mortes em decorrência da doença em 2023


O último caso de morte foi da jovem de 16 anos, Erissa Nicole Santana. Ela havia acompanhado o pai, que é bombeiro, em uma festa que aconteceu na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, interior do estado. O laudo foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz.


No total, desde o início do ano, São Paulo registrou oito casos fatais de febre maculosa, e um total de dezenove casos confirmados segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Já em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados.





A Febre Maculosa, também conhecida como "doença do carrapato" é causada por dois tipos de bactérias do gênero Rickettsia que se hospedam no carrapato. A transmissão para humanos se dá unicamente pela picada do bicho.



A febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins.


SINTOMAS

Os sintomas mais comuns são relacionados a febre, dores no corpo, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal. Nos quadros mais avançado da doença as manchas avermelhadas pelo corpo, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; e paralisia dos membros que começa nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando problemas respiratórios.


Fonte: Roteiro de Capacitação em Diagnóstico Clínico, Epidemiológico e Laboratorial da Febre Maculosa - Ministério da Saúde.


Especialistas avaliam que são quadros que podem muito facilmente ser confundidos com dengue ou outras doenças, havendo necessidade do paciente informar ao médico que esteve em zonas de risco de contato com carrapatos no momento do atendimento.


A orientação é buscar o serviço médico o quanto antes. Os sintomas começam a aparecer em 2 a 14 dias após a picada do carrapato. Quando diagnosticado precocemente o quadro pode ser revertido com uso de antibióticos específicos.



Segundo o Ministério da Saúde, os carrapatos são mais encontrados em animais de grande porte (bois, cavalos, etc.), cães, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente, na capivara, animal em que o carrapato se faz hospedeiro sem provocar danos graves à saúde.



Os cuidados para prevenção da febre maculosa devem ser estendidos também aos animais domésticos, principalmente os cachorros, que circulam por áreas de mata infestados pelo carrapato-estrela. Ao contrário das capivaras, que são hospedeiros e não morrem pela doença, os cães podem ter complicações. A recomendação de veterinários é que os cuidados sejam redobrados principalmente após passeios em áreas de risco.





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