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Foto do escritorThais Mantoani

CASO FAUSTÃO: HOUVE PRIORIDADE NO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO? ENTENDA

Polêmica nas redes sociais, a agilidade no transplante de coração do apresentador tem explicação do Ministério da Saúde.



Imagem: divulgação redes sociais


Com quadro grave de insuficiência cardíaca e internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 05 de agosto, a equipe médica do apresentador Fausto Silva indicou a necessidade de um transplante de coração.


Dado ao estado grave, o paciente passou a ocupar o segundo lugar na lista de espera pelo órgão na Central de Transplantes do Estado de São Paulo desde o dia 20. A cirurgia com o coração compatível aconteceu no último domingo, dia 27, e durou cerca de duas horas e meia.


Após a notícia houve grande repercussão nas redes sociais apontando a rapidez de todo o processo. Assunto que foi comentado por João Silva, filho de Fausto, repudiando os questionamentos de um possível 'fura-fila'.


De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na madrugada deste domingo a Central de Transplantes teve a oferta de um coração. "O sistema informatizado de gerenciamento de transplantes trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Desses, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente (Faustão) ocupava a segunda posição nesta seleção. A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção."




O Ministério da Saúde informou que a lista para transplantes é única, valendo tanto para pacientes do SUS, quanto para os da rede privada. Ela funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada e conforme outros critérios como os de compatibilidade, gravidade do caso e o tipo sanguíneo do doador. Esses fatores são levados em consideração para a definição de quem deve ser priorizado. Pacientes em estado crítico podem ser atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.


Daniela Salomão, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, explica que o transplante cardíaco é um procedimento que necessita de agilidade.


“O paciente passa a ser prioridade com critérios específicos. Por exemplo: paciente fez um transplante hoje e aquele coração transplantado não funcionou bem, não está bombeando adequadamente. Este paciente terá o maior nível de prioridade. É o caso de quem está utilizando uma circulação extracorpórea também. Esses são os mecanismos máximos de prioridade no nosso sistema”.

De 1º janeiro até 27 de agosto deste ano, o tempo de espera para transplante de coração foi menor do que 30 dias para 72 dos pacientes na lista - o equivalente a 27,5% do total de pessoas transplantadas. Para outros 65 pacientes (29%), o tempo de espera foi de 30 a 90 dias. Isso significa que mais da metade do percentual de pacientes (52,3%) teve a oportunidade de receber a doação em até três meses, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

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