O trauma é uma doença que afeta grande parte da população jovem, economicamente ativa, e que passa a representar um problema de saúde pública. Fatores externos que incluem o Trauma se tornaram a principal causa de morte na população entre 1 e 44 anos. Considerando a população em geral, o trauma configura a quarta causa de morte...ficando atrás apenas de neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças ligadas ao aparelho respiratório. A grande diferença é que, se o paciente de trauma recebe o tratamento adequado, tem a maior chance de sobrevida que qualquer outro doente.
Cristiane Alencar Domingues é enfermeira, Diretora do Programa Advanced Trauma Care for Nurses (ATCN) na América Latina e desenvolve um trabalho a frente do REGISTRO DE TRAUMA no Brasil. Ela conta que a partir desse acesso, é possível conhecer a população de determinado local, identificar quais são os mecanismos de trauma mais frequentes e a faixa etária, identificando as oportunidades de melhorias, seja no pré-hospitalar, intra-hospitalar e reabilitação, no tratamento destas.
Para que o acesso a estas informações se torne uma realidade, é necessário aliar trabalho do setor público e saúde suplementar, que hoje compõe o SUS – Sistema Único de Saúde.
“Falar do cuidado ao traumatizado é falar de sistemas integrados de trauma”, diz a especialista.
A implementação do registro de trauma hoje depende de políticas públicas, a começar pela conscientização a respeito da importância do trauma e a otimização de recursos e atendimentos nas instituições que contam com sistemas de registro de trauma.
O compilado de dados e a integração do sistema passam a ser um passo fundamental para que o foco seja realmente no problema identificado.
“Não investir na ponta do iceberg...você conhece a base do iceberg e consegue focar nela: identifico um problema e trabalho com as oportunidades de melhoria desse problema REAL, e não daquilo que eu ACHO que é o problema.”
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